Já vi o Código Da Vinci

Sim, é verdade. Esta tarde não resisti e fui assistir à estreia mundial da tão esperada adaptação cinematográfica do best-seller de Dan Brown, “O Código da Vinci”. Na minha opinião o filme é exactamente aquilo que estamos á espera. Nem mais, nem menos. O que no caso da adaptação de um livro que vendeu 36 milhões de cópias e deixou o mundo inteiro atónito pela genialidade do argumento, me parece muitíssimo bom. O filme é extremamente fiel ao livro. As cenas sucedem-se e intermeiam-se a bom ritmo, tal como no livro e os lugares são exactamente aqueles que imaginámos ao lê-lo. Ron Haword está de parabéns.

A prestação de Tom Hanks é simplesmente perfeita. Afinal, o homem é um senhor na arte de dramatizar (quem não se lembra de Forest Gump ou O Naufrago?). O mesmo já não posso dizer de Audrey Tautou, aqui na pele da activa e brilhante Sophie Neveau. Achei o seu desempenho pouco emotivo numa história tão recheada de emoções violentas. Consegue ficar quase indiferente ao facto de saber que é da família de Jesus Cristo. Que é o último descendente vivo do Sangue Real de Jesus e Maria Madalena. E isto tudo sem uma lagrimazita nem nada. Penso que até a nossa Maria de Medeiros faria melhor, com a pronúncia francesa e tudo. Ian McKellen dá vida, e bem, ao lunático Leigh Teabing, o que não espanta, pois já em Senhor dos Anéis ele brilhou no papel do profeta alucinado Gandalf.

Enfim, mais uma história que acaba bem, esta deste Dan Brown que já não podia aturar a mulher a mandá-lo trabalhar e ganhar a vida. (Parece que a estou a ouvir: “Ó Dan, vê lá se te orientas que isto assim não dá! Larga lá essa papelada e vai dar, nem que seja, serventia a pedreiros.”).