segunda-feira, novembro 09, 2009

Quer dizer...

...um gajo anda uma série de anos na faculdade para obter uma graduação.

Depois começa a trabalhar e passado uns tempos pensa em tirar uma pós-graduação para obter mais qualificação na esperança que isso ajude a melhorar a situação contratual ou a mudar para um emprego melhor ou simplesmente para aumentar os níveis de conhecimento...

E depois aparece um gajo vindo não sei de onde que consegue tirar uma Pós-Graduações antes sequer de ser Graduado...

Ainda dizem que o nosso sistema de ensino não é flexível...até licenciaturas ao domingo se podem tirar!

7 comentários:

Joana Patita disse...

Bem apanhado!!... ;)
Isto há cada coisa....

Anónimo disse...

Vai ao site do ISCTE e poderás verificar que uma pos-graduação também se pode fazer sem licenciatura

Duarte Fonseca disse...

Então aconselho-te a experimentares fazer uma candidatura a uma PG na tua área e verás se consegues ser aceite...
Se fores licenciado omites esse facto e tentas candidatar-te na mesma...
Boa sorte...

Anónimo disse...

Eh pá, não estou a defender o Vara; os problemas dele não me dizem respeito e são para o lado que eu durmo melhor. Conheço várias pessoas que, por terem experiência profissional num determinado ramo, são aceites como candidatos a post graduação. Vê o que se passou com os técnicos de contas; pessoas com experiência e sem qualquer curso ( por vezes só a quarta classe) foram reconhecidos e habilitados e exercer a profissão.Cá em Minde há vários exemplos

Duarte Fonseca disse...

Caro anónimo,

São coisas diferentes.
Reconhecimento profissional com a finalidade de exercer uma profissão funciona como uma validação da experiência e atribuição legal de apetidão para desempenho de determinadas tarefas.
Embora na génese o princípio de validação de experiência e conhecimento seja o mesmo para um não licenciado que se candidate a uma PG, a universalidade da atribuição dessa possibilidade é completamente diferente e é aqui que reside a questão referida no post.
Já agora, aceites como candidatos não significa que sejam aceites como alunos em PGs...

Um abraço!

Anónimo disse...

Olha, o que essas escolas que promovem as post graduações querem á facturar. Por isso chega um individuo com um determinado curriculum de experiência e é aceite. Experimenta ver a publicidade que essas escolas colocam nos jornais.

Duarte Fonseca disse...

E achas que o INDEG/ISCTE é uma dessas escolas?
O INDEG/ISCTE anualmente tem um procura que supera largamente a oferta quer seja em mestrados ou em pós-graduações...
Essas escolas que falas não são sequer universidades, públicas ou privadas, prestigiadas, são na sua maioria institutos privados.
O mercado de trabalho encarrega-se de fazer a distinção entre uns e outros...e o reflexo disso pode ser feita do lado da procura, mas também do lado da oferta. Ora vê, a necessidade de fazer publicidade nos jornais generalistas e de forma intensiva explica bem a necessidade de massificar a oferta. Coisa que as principais universidades não necessitam...
Se quiseres analisar do lado da procura ainda é mais fácil, basta pagares para entrar, logo aí está tudo explicado...Numa Universidade isto não acontece, em algumas há testes que tens que fazer (no INDEG/ISCTE por exemplo), entrevistas...
São coisas distintas.

O que eu queria dizer no post:
1º O percurso normal de alguém que anda a tirar uma licenciatura é tirar uma pós-graduações após essa licenciatura e não o contrário;
2º A aceitação, numa universidade de prestígio, num programa de PG para quem não é licenciado não é igual para todos. E há factores que catalisam essa aceitação.

Era só isto!