terça-feira, setembro 30, 2008

ORGASMO FEMENINO


O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta menhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.

A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo.

Os resultados mostram que, na hora H, a pachacha dispara uma carga de 250000 microvolts.

Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do 'ai meu Deus', são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia são capazes de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan... carregar.

Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto circuito na hora de 'virar os olhos'?

Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada.

Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin.

E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado.

É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar a alheira.

Tenho dito!!!!!'

sexta-feira, agosto 29, 2008

Os nascidos na década de 70 são os maiores...

ARTIGO DE NUNO MARKL P/ OS TRINTÕES FENOMENAL


A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.

E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.

O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. 'Quem?', perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche;

Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;

Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares;

O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus;

O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos;

A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas,lembram-se?);

O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.

Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira.

Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos:

Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole.

Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema.

Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos.

Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.

Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.

Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.

O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.

Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.

Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.

Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente.

No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.

Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo.

Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia.

E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração 'rasca'...

Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro,sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto.

Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma.

Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.

É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.'


(Nota: ...os chocolates não eram gamados no 'Pingo Doce'... Ainda se chamava 'Pão de Açúcar'!!!)

sábado, agosto 02, 2008

Palma vs Winehouse



No fim-de-semana passado estive em Riachos na Festa da Bênção do Gado. A festa realiza-se de 4 em 4 anos e tem o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, mas é fundamentalmente um excelente exemplo dos resultados positivos que se podem obter quando um povo se une em prol de um objectivo comum. Mas apesar do sucesso da festa há duas coisas que me apetece dizer.

Em primeiro lugar gostava que alguém entendido em entretenimento me explicasse qual é a mais valia do fogo de artifício. Em mim, tal espectáculo só desperta uma coisa: revolta. Há duas semanas nas Festas da Cidade em Torres Novas tivemos mais de meia hora de fogo de artifício, em Riachos no passado Domingo, mais do mesmo. Será que num país onde falta tanta coisa, e falta tanto a tanta gente, se deveria “queimar” milhares e milhares de contos de uma forma tão infrutífera? Feitas as contas, aposto que o que se “queima” no Verão em todas as Romarias do país (e agora até nos casamentos) financiaria certamente um longo período de investigação biológica para a descoberta de novas curas para algumas doenças ou até a construção de um excelente hospital.

Mas enfim, com o fogo o povo fica feliz e o que interessa é entreter o povo.

A outra questão que me apetece abordar é bastante menos moralista e prende-se com a actuação do artista Jorge Palma no encerramento da dita festa. O senhor apresentou-se em palco num estado de mix entre bebedeira e algo mais. Cantou qualquer coisa, mas mal e quando falava não dizia coisa com coisa. Despejou o bom repertório ( a sério que gosto!) de uma forma desinteressada e anestesiada e em vez de provocar entusiasmo na assistência, só conseguiu comentários menos simpáticos e algum gozo.

É o verdadeiro artista.

Um “Amy Winehouse” á portuguesa.
A imagem está fora do contexto mas, no Verão, uma fresquinha fica sempre bem...

Pérolas da Nossa Infancia II

Esta é mesmo uma verdadeira reliquia...

http://youtube.com/watch?v=hAPes7l87os

quinta-feira, julho 31, 2008

Os Mindericos ao rubro....


O Toucaneura tem que dizer qualquer coisa sobre a vinda de uma grande vedeta à nossa terra, e que tanto já deu que falar.

O nome dessa vedeta é Mickael Carreira (MC), para quem não conhece é um dos filhos do grande Tony Carreira.

Ao que parece o espectáculo foi muito bom, e as criticas de que o pavilhão não tem condições acústicas foram dissipadas com o nível de qualidade que o MC se apresentou.

A qualidade do espectáculo não tem sido falada porque houve um grande problema nessa noite.
Um dos intervenientes no espectáculo não apareceu, o público.

O pavilhão deve lever, na boa, umas 3 mil pessoas, e parece que apareceram muito menos do que isso. Até menos de 1000, e para o investimento que foi feito, foi realmente um problema.


Não quero aprofundar o tema, porque já há muitos sites mindericos que o fizeram, mas este post serve só para dar a noticia de um grande espectáculo que foi desperdiçado numa terra que tanto estimamos.


Os mindericos não pensem que é caso único, e seguem alguns exemplos:


Aqui há uns anos o grande D'Javan (artista brasileiro) veio dar um concerto na praça de touros em Santarém e não apareceram mais de 1000 pessoas.


Este ano no Festival Super Bock Super Rock no Porto, tocaram uma serie de bandas e entre eles estavam os ZZTOP, que todos conhecem e não estavam mais de 3000 pessoas, muito aquem daquilo que se esperava.


E há tantos exemplos.


Portanto o que fica, são os grandes espectaculos, e quem viu viu, quem não viu perdeu.


Um Abraço,

terça-feira, julho 01, 2008

A Crise dos Portugueses


Este ano com todas as dificuldades que os portugueses têm vindo a sofrer, com o agravamento das dividas e com a degradação do poder de compra, só nos resta tirar uns dias de férias mais ou menos assim!


Um abraço e Boas Férias

segunda-feira, junho 23, 2008

Gana...

Ando cá com uma gana de dizer umas verdades...

quarta-feira, junho 18, 2008

terça-feira, junho 03, 2008

Ganda SÓCRATES. és o MAIOR!

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através doInstituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão.A seguir fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

É o que fazem com os nossos impostos, incluindo o imposto sobre os combustiveís.

segunda-feira, junho 02, 2008

O Mundo enlouqueceu...

Boa tarde,

Os antigos diziam que o mundo está louco, e não sei se é por eu estar mais velho que já começo a partilhar da opinião dos antigos.

Aqui há uns dias vi o parque da Bela Vista em Lisboa apinhado de gente para ver, entre outros, uma individua a tentar cantar e ficar em pé ao mesmo tempo, proeza que não conseguiu fazer por completo, visto que cantar não cantou mas conseguiu ficar de pé quase todo o tempo. Milhares de pessoas aplaudiram-na e cantaram. Não consegui entender.
Se houvesse um artista português chamado “Zé Taberna” ou “Jaquim Adegas” ou mesmo “Xico Casa de Vinhos”, imagina como seria???

Há uns dias chegou-me aos ouvidos uma notícia sobre um dito “artista” que tem pelo nome Gillermo Habacuc Vargas, onde numa exposição da sua autoria tinha um cão abandonado em exposição, isto não seria grave se ele não o tivesse prendido com uma corda curtíssima na parede da galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.
Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.
Pois isto não é tudo: a prestigiada Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2008.
Curioso??? clique aqui

Estamos loucos, ou então sou eu que estou a ficar velho!

Alguém disse uma vez:
- Quanto mais conheço os Homens, mais gosto dos animais.

Tantas histórias existem para contar com esta temática….

Este mundo está mesmo Louco!

Até…

sexta-feira, maio 30, 2008

Pérolas da nossa Infância...

Quem é que se lembra disto?

http://youtube.com/watch?v=QlxlfchN8lQ

(Só há estas! São para mim...)

sexta-feira, maio 16, 2008

SITE informativo




Já há algum tempo que não escrevia aqui nada, no entanto tive conhecimento de um site que tenho obrigação de passar a informar a todos os leitores deste blog.

Com os sucessivos atentados às nossas bolsas com o aumento dos combustíveis, que todos nós sabemos como são concertados (aos domingos a jogar golfe), existe um site que nos ajuda a fazer a melhor escolha, e poupar alguns trocos.

O site é http://www.maisgasolina.com/combustivel-mais-barato/11/
É só escolher o distrito, e "ele" faz o resto.

Agradeçam meninos……

Um abraço

sexta-feira, abril 18, 2008

Depois de Saramago...

Depois de Saramago...adivinha-se mais um nobel da literatura para Portugal:

Carolina Salgado vai escrever outro livro.

quarta-feira, abril 16, 2008

Há aqui qualquer coisa que não me soa bem...


"...permitimos que nos entrassem pelo espaço interior..."

(pequeno excerto dos comentários de Paulo Bento no final do jogo das meias finais da Taça de Portugal com o Benfica)


Além disso, parece-me que se alguém entrou pelo espaço interior de alguém foi o Sporting ao Benfica...


...e eu que até sou benfiquista...

terça-feira, abril 15, 2008

Afinal…Minde sabe dançar

No passado sábado, dia 12 de Abril, estive no baile de apresentação da novíssima Xaral’s Band. Estive eu e mais 449 pessoas, sem contar com os músicos. Confesso que foi com um misto de agrado e surpresa que constatei que, afinal, o minderico sabe dançar.

A orquestra não me surpreendeu uma vez que eu já estava a contar com o melhor. O que é que se podia esperar de um grupo de verdadeiros músicos que se uniram com um objectivo comum e com a força de vontade que um projecto deste calibre exige? São fantásticos. O repertório leva-nos numa viagem a vários ritmos e estilos, mas sempre na presença da excelência musical dos grandes temas clássicos de todos os tempos.

A organização do evento, que personalizo na Anabela e na Paula, também não me surpreendeu. Estava tudo perfeito, como era de esperar. Elas empenham-se, põem as suas capacidades a render, e tudo corre, extraordinariamente, bem. (Como mulher que sou, não posso deixar de mencionar que adorei o “botãozinho de rosa” à chegada. Eis algo que os homens jamais compreenderão…)

Relativamente à forma calorosa como os presentes contribuíram para dinamizar a noite, isso sim…surpreendeu-me…e muito. O minderico, que raramente se vê dançar, dificilmente bate palmas e timidamente manifesta alegria e descontracção, esse minderico dançou, bateu palmas, divertiu-se e brindou a sua orquestra com entusiasmo e calor humano. Foi, sem dúvida, uma recompensa sem preço ao excelente trabalho e empenho dos músicos da Xaral’s Band.

Parabéns a todos!

quinta-feira, março 06, 2008

Paupério


Olá amigos e simpatizantes.

Cá estou eu de volta neste ponto de encontro de quem gosta de observar o que nos redeia com algum humor.

Sim. Tenho andado ausente. É resultado de uma vida bastante atribulada na tentativa, por vezes frustrada, de tentar fazer a gestão logistica de uma casa, dois filhos (+ um) , marido, uma gravidez, um emprego, quatro lojas e duas tartarugas.

Mas na passada Quinta-feira, dia 28 de Fevereiro, fui mãe pela 3ª vez. Vou estar 4 meses afastada do emprego e pelo menos uma semana ou duas confinada às paredes verdes da minha casa, alternando entre actividades tão diversas como dar de mamar, mudar fraldas e desinfectar uma costura de cesariana com 20 agrafos.

Para meu espanto, dei por mim com tempo para retomar as minhas intervenções nesta tertúlia.
Assim quero colocar uma questão que me vem intrigando mas que ainda não tive oportunidade de questionar, que é:

Já sabemos os preços dos lotes na zona industrial. Inclusivé a 1ª fase de apresentação de candidaturas terminou a 29 de fevereiro, mas ainda não vi reações nem comentários. Ou serei eu que não estive suficientemente atenta?

Enfim...

Vou mudar uma fralda...


terça-feira, março 04, 2008

O que Portugal precisa...é de jactos executivos

Mário Crespo. Jornalista
Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso. Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.

Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal. Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes.

Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares. Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.

Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Bem Vindos ao ano 2008, ou será Bem-vindos

Gostaria de vos dar as boas vindas, boas-vindas, ao ano 2008 e que seja um ano cheio de sucessos para todos.
Sucesso será com certeza para a vila de Minde, pois com a nova Zona Industrial, o sucesso está garantido.
Assistiremos a um aumento de empregos/trabalhos, a um aumento de empresas a investir em Minde e obviamente todo um desenvolvimento inerente.

A dicotomia que trago hoje é o "Bem Vindo" ou o "Bem-vindo" ou mesmo o "Bemvindo".

Com tanto brasileiro no nosso país, nos restaurantes, nos bares e na publicidade, acabamos por ficar um bocado confusos com esta palavra ou estas palavras.
Pois bem, como eu estou um bocado atrapalhado escrevi de todas as maneiras que me lembrei, assim erro duas vezes, mas acerto uma! acho!

Um abraço